quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Os Simpsons


Não sou fã desse desenho, mas tenho que admitir que a sua criação revolucionou o mundo dos desenhos animados. Os Simpsons são; sem a menor dúvida, o evento televisivo mais importante dos anos 90; muito embora a primeira temporada da série tenha iniciado em 1989.


Na verdade Os Simpsons se iniciaram ainda como personagens de uma vinheta da Fox em meados dos anos 80.  Em 1987 passaram a ser um quadro fixo dentro de um então famoso talk show americano, com um roteiro que beirava a esquizofrenia e um traço bastante tosco.  Esses episódios alcançaram grande popularidade, até que em 1989 foi ao ar a primeira temporada da série. 


O mundo então conheceu o início do que viria a ser a série de maior duração de todos os tempos (barraram os Flinstones em 1997); e se curvou diante do caldeirão de referências, críticas sutis, e da originalidade da série, que apenas cresceu em conteúdo e qualidade nesses últimos nove anos.  É realmente impressionante o perfeccionismo da produção, no que se refere à linearidade dos episódios, e a ligação entre pequenos detalhes, na verdade nada ali é por acaso, como analisaremos ao longo deste.

O que é isso? Olha a cara do Hommer de satisfação!
 “Os Simpsons” pode ser considerado um dos melhores desenhos animados da TV deste milênio.  Nasceu em 1987 pelas mãos de Matt Groening, um cartunista profissional dos EUA e seu principal objetivo era representar uma família norte-americana de classe média, com seus problemas e suas soluções.


Este desenho estreou no ano de 1990 no Brasil exibido pela Rede Globo, aos sábados à tarde, passando em seguida para os domingos de manhã, onde permaneceu até julho de 1994, teve uma passagem relâmpago pela extinta TV Colosso, onde permaneceu no mês de julho daquele ano. 


A série então saiu do ar, mas retornou para os sábados de manhã no princípio de 1995, exprimível entre o vomitável programa da Xuxa e alguma outra bobagem da época, até que, misteriosamente saiu do ar.  Uma pena, pois a emissora perdeu a oportunidade de enriquecer sua programação com um programa de nível, porém a partir do ano de 1997, os episódios estão sendo apresentados pelo SBT, que adquiriu os direitos de transmitir a série, prometendo inéditos, e iniciou passando com irregularidade o programa, num esquema de “tapa-buracos”, pelo menos a ordem foi mantida.  Ultimamente é transmitido pela Rede Globo. Mas sorte é de quem tem TV a Cabo, pois podem assisti-los diariamente pela FOX.



O autor dos Simpsons demonstrou muito bem o cotidiano da família americana em seu trabalho.  A família dos Simpsons é composta do cinco pessoas, ou cinco personagens distintos e indubitavelmente irreverentes e curiosos, e por outros personagens secundários.


Mesmo com todo o sucesso da série não poderíamos deixar de citar o desrespeito para conosco, telespectadores, no que se refere às traduções como no episódio Simpsoncalifragili... a frase que Bart escreve no quadro é:  “Não vou esconder o PROZAC da professora.”  Mas a VTI traduziu como:  “Não vou esconder o GIZ da professora.”  Será possível?  É notório que existe excesso de liberdade de tradução, prova disto é o fato do Domingão do Faustão já ter ido parar até na boca da Marge em um dos episódios.


Curioso e impressionante a forma como o autor da série animada consegue explicitar o cotidiano da família americana na íntegra.  O Rock e o Cinema não são os únicos assuntos em pauta.  Inicialmente abordaram-se temas desde os mais singelos valores da família americana, como situações também muito comum a todos nós ( aí está o segredo da série), até mesmo pavor nuclear, mas com o passar dos anos os temas vêm passeando por racismo, adultério, fanatismo religioso, a questão dos homossexuais, o ridículo de certas instituições, o atraso mental das corporações, e isso tudo sem ser partidário a nada, e muito menos moralista, embora muitas vezes, sutis reflexões perdurem após muitos episódios. 


Exemplo disso são algumas atitudes praticadas pelas personagens como o fator de na maioria dos episódios toda a família Simpson estar utilizando o cinto de segurança no veículo e apenas Homer, o chefe da família, esquivar-se desta norma; outro exemplo é a mostra da modernidade americana como nos Simpsons especial de natal, onde na loja ao lado do Tatuador Marinheiro Feliz, existia uma placa:  “Removemos tatuagem com laser.”  Outro dado importante é a crítica empregada em relação à segurança nas indústrias e fábricas, como exemplo podemos citar a Usina Nuclear de Springfield que é um fracasso em termos de segurança.  Um cartaz aparece no episódio Uma noite encantada e diz:  “Cuidado.  Área radioativa.  Não fume, não coma, não faça brincadeiras tolas.  sete dias desde o último acidente.  Em caso de arrependimento quebre o vidro.”  OBS:  o detalhe é que o vidro já está quebrado...


Como característica americana não poderíamos deixar de citar a antipatia entre o povo americano e o povo francês.  Os franceses consideram os americanos incultos e selvagens e os americanos não suportam a “frieza” e o ar de superioridade francês.  Em vários episódios este tema é abordado:


Episódios
·     Os crepes da Ira – Bart vai para Paris e é explorado por dois vigaristas;
·     No dia das bruxas 8 – Springfield é destruída por um míssil nuclear atingido pelos franceses, inconformados pelo fato dos americanos terem chamado os franceses de sapos;
·     Só se muda duas vezes – O louco Hank Scorpio pergunta a Homer onde ele deve lançar a bomba nuclear “Itália ou França?” e Homer responde França.  Hank diz:  “Nunca me falaram Itália.”


Na verdade os Simpsons moram em nossos corações.  É um desenho que já entrou na história e ficará nela por muito tempo por causa de seus fãs.  Sendo eles um grande sucesso, sempre vão existir os que gostam deles e os que não gostam, prova real de sua forte influência junto às pessoas. 


Todas as aberturas:

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